Uma a uma, Joana Quinta moldou as pétalas do Cravo de Abril. Pequenas ondas de chocolate a lembrar que a liberdade merece um cuidado de artesã.
Mãos no chocolate temperado sobre a bancada, Joana Quinta molda uma a uma as pétalas do Cravo de Abril. São pequenas ondas de chocolate negro 70 por cento, muito finas, que vai juntar a seguir, uma e outra e depois outra, novamente, num cuidado de artesã. No final, o pé, igualmente de chocolate. Podia ficar assim, apenas de castanho, mas Joana quer ainda o vermelho, cobertura pintada para uma arte comestível.
O Cravo de Abril de Joana Quinta teve edição limitada e mereceu destaque em órgãos de comunicação social portugueses, como o jornal Público.
A ideia de homenagear a Revolução de que é herdeira entusiasmou Joana. Nascida em 1988, a chef pasteleira de Leça da Palmeira, Matosinhos, desconheceu a ditadura, mas sabe que custou a construir a liberdade – e que é preciso manter o estado de alerta. Como o seu cravo, o símbolo de Abril requer cuidado e empenho, recordou.